domingo, 30 de abril de 2017

ZÉ DIDOR, O TREMENDÃO.


ZÉ DIDOR, O TREMENDÃO.

Eu, ainda acadêmico de Historia da Universidade Estadual do Piauí-UESPI, inicialmente no campus de Campo Maior, fui com os meus companheiros de turma e nosso professor Augusto, conhecer o museu da cidade de Campo Maior. Nesta época perto do seu açude grande. Ali chegando encontramos um senhor moreno, magro, usando um cinto com uma grande fivela e com um grosso cordão de ouro no pescoço, um verdadeiro tremendão. No seu museu tinha: livros, pinicos, pedras, espadas, bicicletas antigas, documentos, casco de tartaruga gigante de quase um metro, fotos de políticos de varias épocas. Ali fiz o relatório conforme exigia o professor Augusto.
             Passados alguns anos volto a Campo Maior para visitar e fazer exames de vista, com o meu tio João Torres e exames laboratoriais com os meus primos Doutor Fabio Torres e Doutor Leandro. Como estava pesquisando sobre o Marvão, antigo Castelo do Piauí e sobre nossa cidade São João da Serra, resolvo ir novamente ao museu do Zé Didor, agora localizado na antiga estação de trem de Campo Maior. Ali o encontro Zé Didor, sozinho fazendo sua leitura, o cumprimento e ele  logo me pergunta quem eu sou e de onde venho. Quando assinei o livro de visitantes que coloco como origem São João da Serra. Ele logo me diz que era de lá, neto do coronel Zé Cardoso. Que morava bem próximo a quadra de esportes. Ele continuava a perguntar "É filho de quem?” E repondo que sou filho de Edmilson Frazão, com um sorriso no rosto ele diz “Sei... Então você é neto do Bento da Luz?” E logo me pergunta também se eu sabia o porquê do apelido bento da luz e eu disse que não.  Continuou ele ``É porque seu avô bento na região em que  morava quando tinha uma festa, um reisado, uma reza mercadorias e jacás, surrões e colocava sua banca um pouco distante do evento e seus clientes vendo aquela luz dizia: “o bento esta ali, olha ali a luz”. “Depois ele ficou rico, né verdade?” Formou até dois filhos em medicina. João e Raimundo Torres, que se formaram em Belém do Pará. Era um verdadeiro comandante da localidade Alto Alegre, tinha uma grande loja, jipe e caminhão novo que utilizava pra comprar as mercadorias... Para encerrar seu avô sempre dizia que “marca boa de caminhão é o novo”. Depois deste relato histórico, ele passou a mostra-me o seu museu com reportagem em livros como: Me leva Brasil de Mauricio Cubruslei e reportagens em jornais, revistas, participação no programa Mais Você, da rede globo . Mostrou-me uma farda que pertenceu ao Doutor João Torres quando era medico tenente da aeronáutica. Depois que fiz os devidos registo fotográfico. Ele me Diz “Sou irmão legítimo do Tito, do museu da cidade de Castelo do Piauí”. Então Ali retruquei “que os dois museólogos do Piauí nasceram em São João da Serra?”
            Vale ressaltar que nem Zé Didor em Campo Maior como o Tito em Castelo recebem os devidos incentivos pra a manutenção e zelo de tão precioso tesouro histórico.




sexta-feira, 28 de abril de 2017

ESCOLA DOUTOR MANOEL TOMAZ DA SILVA



ESCOLA DOUTOR MANUEL TOMAS DA SILVA

            Conhecida primeiramente como escola da rua grande, depois na década de 70, como grupo escolar Doutor Manuel Tomas da Silva, uma homenagem ao senhor Doutor em medicina Manuel Tomas da Silva, filho ilustre da cidade de São joão Serra Piaui, que depois de uma visita que fez a fazenda de seu pai a fazenda lagoa Grande de propriedade de Mariano Silva. Na volta desde passeio acompanhado de seu irmão advogado, Pedro tomas da Silva, proprietário do Jipe que andavam, o mesmo carro que se envolveu em um terrível acidente que acabou vitimando doutor Manuel Tomas.
            Essa escola foi sem duvidas o primeiro centro de grande impacto na cidade. Hoje em 2017 encontra-se desativada pela politica de fechamento de escolas de ensino fundamental pelo governo do estado repassando as mesmas ao governo municipal. Neste local hoje funcional uma biblioteca, JoveniloFrarncisco da Cruz e o Conselho da Criança e do Adolescente da cidade de São João da Serra Piaui.








A LAGOA DO BARRO, LAGOA DO MORRINHO E AGORA AÇUDE CENTRAL.


A LAGOA DO BARRO, LAGOA DO MORRINHO E AGORA AÇUDE CENTRAL.

            Atrás da igreja católica de São João Batista ficava uma pequena lagoa onde os moradores antigos fazia tijolos, ``vários mieiros foram feitos ali`.  Era a famosa lagoa do Barro, que chegou até a denominar a nossa região por certo tempo. Passado um tempo com o processo de fabricação de tijolos já encerrado, ficando um grande buraco que os garotos da época chamavam de lagoa do Morrinho, pois no centro ficava de fora uma verdadeira ilhota de área e o garoto que conseguisse nadar da sua margem até a ilhota era tido como um verdadeiro homem, forte e guerreiro. Nesta época, como se nota, as suas aguas eram próprias para o banho, existiam até alguns belos peixes, alguns afirmam. Na gestão do prefeito Francisco Cardoso, ele fez a primeira grande mudança naquele local. Aumentando a sua profundidade e alargando a suas paredes. Com o crescimento de moradias ao seu redor foi tampado o se sangradouro e começou a surgir poluição advinda de casas, esgotos e lixo jogados por populares. De uns 5 anos pra cá vem passando por uma lenta urbanização onde colocou-se calçamentos, parede de concreto e estruturas metálicas. Em 2016, o mesmo deu sinais agonizantes ficando quase que totalmente seco. Em 2017 com o belo inverso que estamos tendo, ele encontra-se cheio, uma bela imagem do açude central.



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quarta-feira, 26 de abril de 2017

DE UBYARA A SÃO JOÃO DA SERRA-PI

De Ubiara à São João da Serra, entrevista com o professor e Historiador Herllys Torres.
Segundo Professor Herllys Torres, apoiado nos estudos do eminente escritor Padre Claudio de Melo em obras suas como: Os primórdios de nossa história, que conta a história desde a freguesia de Santo Antonio do Surubim, atual campo maior e O marte dos Tacarijus, que conta a história de São Miguel do Tapuio, onde afirma que os primeiros moradores dessa grande região os indígenas Tapuias e alongares denominavam-na primeiramente de Ubiara que na língua indígena significa terras de águas boas, que compreende toda essa extensão de terra banhada pelos rios Poti e Longá. A segunda denominação surge quando o primeiro governador do Piauí João Pereira Caudas criou as seis primeiras vilas daí surge a segunda denominação, Marvão. A terceira denominação Urubu velho, devido uma feira no então povoado onde se jogavam restos de animais e vísceras onde atraiam muitos animais para aquela região. Visando afastar esse nome Urubu velho que denominado de forma pejorativa os moradores influentes daquela época resolve construir suas residências um pouco afastado do Urubu velho que passou, no entanto a se chamar Lagoa do Barro. Com a chegada da imagem do padroeiro São João Batista a localidade no ano de 1908 passou a se chamar São João Batista, e só depois com a união do nome do padroeiro São João Batista com a antiga Serra do Urubu tornou-se definitivamente a se chamar São João da Serra.
   
THIGO GABRIEL E HERLLYS TORRES

terça-feira, 25 de abril de 2017

BALÃO DA GOOGLE CAI PELA SEGUNDA VEZ EM SÃO JOÃO DA SERRA PIAUI


BALÃO DA GOOGLE CAI PELA SEGUNDA VEZ EM SÃO JOÃO DA SERRA PIAUI
                       

Nas primeiras horas da tarde do dia 7 de abril de 2017 uma onda de noticias começo a circular nas redes sócias (whatsaap e faceboock) sobre de um avião para uns monomotor e parar outros bimotor. Para aumentar um interesse seria um avião com malotes bancários. Certo que a noticia chegou ao conhecimento do policia local e no comando regional da cidade de Campo Maior que mando militares ir ao local do fato. Com o auxílio de uma picape disponibilizada pela prefeitura de São João da Serra chegando na localidade estremas procuram o ex vereador João Cordeiro, bastante conhecedor da região. Após andarem 4quilometro de carro o grupo foi obrigado a adentrarem a mata da localidade Camponesa saindo em direção ao espirito Santo e só por volta das 10 da noite o grupo militar e os acompanhantes poderam constatar que na verdade o que havia caído era um balão de pesquisa do gloogle, vale lembrar, que o citado balão foi noticiado pelo sites G1 da rede globo, portal cidade verde, jornal da tv cidade verde, Piauí TV segunda edição, da TV clube; portal  az, folha saojoense, entre outros. Esse não foi o primeiro caso que ocorreu na cidade de São João da serra, pois em menos de um mês e meio foi resgatado na região da serra da Vigia pelo ex vereador Antônio Ezidio um balão muito parecido. Posso afirmar que o medo e o alvoroço causados na população em acreditar que aquele objeto seria um avião são porque o mesmo emite luzes fortes e um sinal típico o tempo todo, esse equipamentos são usados para transmitir sinal de internet, tem um diâmetro de 15 metros, pertencem ao projeto LOM para a transmissão de sinal wifie usa o gás hélio como combustível.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

CHICO FRANCILINO-UM TOCADOR LENDARIO




 
CHICO FRANCILINO-UM TOCADOR LENDARIO 


No registro de nascimento Francisco Machado de Sousa, nascido no dia 1 de novembro de 1929, no Baixão dos Dantas do senhor Egídio e depois veio a morar na Santa Maria. Seu irmão mais velho, Furtuoso, que já tocava sanfona desde 12 anos de idade, seu pai Januário José de Sousa ( o primeiro sanfoneiro da região) vendo o seu pai Januário tocar ficava observando aquilo e depois terminou aprendendo os primeiro dedilhados do instrumento sozinho. O senhor Didor Cardoso dizia`este nego é bom de foli`´ e o levou para a cidade de Campo Maior, lá foi apresentado ao maestro Pedim da banda de musica da cidade, onde aprimorou seus conhecimentos da arte das teclas. Só saiu da banda quando o maestro Pedim foi embora pra Brasília. Chico Francelino lembra que começou a ganhar dinheiro no cabaré da Isabelona (a mulher mais rica de Campo Maior, que nem os bancos queriam mais guardar o seu dinheiro) tinha como companheiros de apresentação garotos da banda de musica local. Relata que seu cantor era conhecido como Corrupião `´o bicho era bom de ouvido, gravava as musicas na memoria logo na primeira vez que ouvia ´´. Passando o tempo Chico vai morar em Castelo do Piauí passando a trabalhar para o senhor Milton Lima nas suas campanhas politicas. Tempos depois voltou para a sua cidade natal São João da Serra, pois sua esposa, dona Helena, madrinha de sua mãe apontando para mim, Helena diziam que seu pai Zé Cardoso faria uma casa para eles.
            Começou a tocar a sua sanfona utilizando como meio de transporte que os conduziam junto o seu Chico Viola, seu o pandeirista e o senhor Chico Liziario o seu zabumbeiro. Depois passou a ser transportado para as suas apresentações, alguns vezes, nos carros de seu Antônio Damásio e de Chico Cardoso. Tocava em Castelo, Campo Maior, São João da Serra, São Felix, Prata, Beneditinos entre outros. Recorda que era contratado para tocar no grandioso festejo da centenário fazenda Cana Brava pertencente ao município de São Miguel do Tapuio de propriedade do senhor João Henrique e dona Maria. La tinha leilão e corrida de cavalos e gente muito importante como o senhor Manuel Portela de Arruasses, de São Miguel do Tapuio, além do vaqueiros da fazenda da Santa Cruz dos milagres. Lembra-se que existia ´´um caba bom pagador de festa como o senhor Manuel Calisto´´. Relata que certa vez na cidade de Prata do Piauí o seu prefeito Chico Filomeno gostou tanto de sua festa que se empolgou e ficou bêbedo e entregou a chave da prefeitura ao senhor Antônio Maria dizendo ‘amanha abra a prefeitura e pague esse nego tocador feroz´´.
            No que diz respeito à cachê era muito variado dependendo da festa, podia ser 50, 70 ou 100 contos de réis. Quando voltava para casa pagava os acompanhantes e dava para pagar as coisas que dona Helena havia pegado nos comércios locais e assim então poderiam descansar uns dias. O seu repertorio era composto por musicas de Silvinho, Wadck Soriano, o preferido da juventude naquela época, além de Nelson Gonsalves e o famosos baião de Luiz Gonzaga. Diz que tocou muito nas barracas do festejo de São João da Serra, na mesa do senhor Edmilson Frazão e de seu compadre, o mega empresário e fazendeiro Nilo Campelo. Hoje 22 abril de 2017 faço o devido registro fotográfico e vídeos deste quase centenário homem que atrás da sua arte, em tempos tão remotos levou e leva alegria aos que o conhecem, neste momento estava entoando na sua sanfona a musica´´tristeza por favor vá embora...´´ obrigado herói das teclas Chico Francelino.